terça-feira, 10 de julho de 2012

Ética contextualizada

Posso observar, com relativa tristeza, que a ética dos nossos dias possui um conceito de difícil apreensão, não só da sua generalidade expositiva, mas principalmente, em função da sua abstração.
A subjetividade humana é articulável, envolta em argumentos capazes de ceder a interesses escusos.
Lamentavelmente, permite-se a uma instrumentalidade servil, ditada por valores vulneráveis e corruptíveis, apegados mais aos factos do que às convicções.
Acho que a ética é um elemento essencial no carácter de cada indivíduo, não ignorando o seu perfil psicológico.
É através deste conjunto que identificámos os traços particulares de cada um, sendo vetor ou motivação, onde exterioriza não só o seu temperamento, mas o resultado de todo um processo de exposição e submissão à socialização.
Não posso desassociar a ética da integridade e da inteireza do comportamento humano: estas têm que andar lado a lado.
Torna-se relevante conhecer a aplicação prática dos nossos instintos, vontades, escolhas e empreendimentos.
A pessoa ética correlaciona-se com a superação da evolução humana em diferentes épocas e psicologicamente já atingiu um patamar sólido do domínio da sua vontade, distanciando-se da sua natureza instintiva, e é capaz de conciliar a sua perceção do mundo, com aquela que tem em comunidade.
Através do seu pensar, sentir e comportar-se, ele se solidariza com a sociedade na organização da realidade, visando melhores interesses coletivos e assumindo obrigações morais que contribuem para a solução dos problemas comuns.
Logo, a ética é um pilar fundamental da sociedade.
Foi gratificante elaborar o trabalho que nos foi proposto, nomeadamente, criar uma empresa e geri-la de acordo com as normas deontológicas. (junto anexo)
Embora não tenha grandes experiências profissionais, foi agradabilíssimo discutir e organizar esta tarefa com os meus colegas.
Enquanto ser social e em constante evolução, procuro ser verdadeira e correta em tudo aquilo que faço; seja no campo profissional ou pessoal.
É preciso ter a consciência de que as nossas ações são regidas por princípios éticos e que se materializam na adequada prestação dos serviços.
As normas deontológicas regem a atividade profissional, com a finalidade de assegurar a boa qualidade da sua prestação e favorecem a boa relação entre funcionários e a entidade patronal, que por sua vez, revela-se uma mais valia em proveito do desenvolvimento e da sua própria sobrevivência.
Além das normas estabelecidas, optámos por criar regulamentos internos, com o intuito de prestar um serviço eficiente e eficaz, traduzindo uma boa harmonização entre todos os membros da empresa e os potenciais consumidores.
Para se concretizarem, é necessário que os seus elementos desempenhem, atempadamente, as atribuições inerentes ao seu cargo na respetiva, que as façam com probidade, urbanidade, disponibilidade e atenção; respeitando a capacidade e as limitações dos possíveis utilizadores, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, cor, sexo, idade, nacionalidade, religião e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral.
Ser assídua e pontual é de extrema importância, na certeza de que a minha ausência provoca danos ao trabalho reservado, refletindo-se negativamente em toda a estrutura.
É importante manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição.
Concluímos que é à adição de todos estes itens que fará o êxito da nossa empresa, ou de outro qualquer estabelecimento.
Como já referi, foi enriquecedor estruturar esta empresa: fiquei com uma ideia mais precisa e sólida de como deve funcionar e quais as normas que à regem.
Sem essas normas devidamente legisladas, todos os conceitos ficariam a margem da nossa expetativa.
O módulo que tive de quadro jurídico facultou-me na prática o conhecimento das leis e de como as invocar.
Ao finalizar a minha reflexão, prontamente percebi que na vida os elementos aparentemente vistos de forma díspar constituem uma complementaridade extraordinária, onde nada se quebra!

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