terça-feira, 10 de julho de 2012

Globalização

A revolução industrial, possibilitou uma transformação profunda neste setor, que se refletiu a nível mundial com grandes produções.
Era necessário escoar o produto, buscando potenciais mercados e consequentemente novas matérias-primas.
Gerou-se então, rivalidades entre as potências europeias, que lutavam para ampliar a sua hegemonia no mundo.
Os europeus procuraram novas rotas comerciais e estabeleceram, por vezes, verdadeiros monopólios sobre as produções.
A partir daí, o comércio era feito internacionalmente, convergindo para uma aproximação entre culturas diferentes.
O crescente processo de integração e afirmação dos mercados, dos meios de transportes, das comunicações e das culturas, originaram ao que hoje damos o nome de globalização.
Neste novo período da história o mundo passou por grandes alterações políticas e económicas, marcadamente pela expansão mundial de grandes corporações internacionais, a Macdonalds por exemplo: é bem visível o número de estabelecimentos que possui mundialmente, entre outras, exercendo decisivamente na economia global.
A rápida evolução e a popularização das tecnologias da informação; o desenvolvimento das vias de comunicação e dos transportes, permitem que as multinacionais instalem as suas fábricas em qualquer lugar do mundo, onde existam benefícios fiscais, mão de obra e matéria prima baratas.
É com tristeza que verifico, a tendência de grandes empresas a transferir empregos dos países ricos, onde possuem altos salários e inúmeros benefícios para os países industriais emergentes, aproveitando-se da fragilidade destes países e a falta de qualificação de mão de obra.
O resultado de todo este processo é que, grande parte dos produtos não têm uma nacionalidade definida, o que gera no consumidor alguma desconfiança, relativamente a qualidade e viabilidade dos produtos.
O uso de satélites de comunicação permite que alguns canais de televisão sejam transmitidos instantaneamente para diversos países.
Por incrível que pareça, todas estas ferramentas concorrem para uma integração mundial sem precedentes.
A meu entender, com o surgimento do termo globalização, haveria uma inclusão, onde todos os estados membros produziriam igualmente, haveria cooperação e solidariedade, até mais acentuada nos momentos de maior dificuldade de algum estado membro, ora o que posso constatar infelizmente é que ocorreu exatamente o inverso; quem era excluído, hoje é mais ainda, e quem detinha o poder, hoje o detém com mais veemência, como a Alemanha por exemplo; que controla todo o sistema em prol da sua economia e políticas próprias, não indo de encontro às pequenas minorias de convicções ideológicas.
Com toda a evolução e o progresso a refletirem-se a cada dia, em simultâneo sinto um sentimento de angústia como se regredisse no tempo do totalitarismo, não tendo Hitler no trono, mas sim empresas multinacionais e as grandes instituições governamentais, como o fundo monetário internacional e o banco mundial, que hipocritamente empresta dinheiro aos países necessitados, dando a ilusão de que foram solidários ao problema, mas colocam estes países completamente submissos às suas demandas.
O que outrora era tido como divisa, hoje é um grande desafio, quase que inatingível para conciliar a globalização mundial com a cidadania global, as diversidades culturais, o desenvolvimento sustentável, os valores dos direitos humanos e uma maior equidade entre as economias e a sociedade.
Todas as nações deveriam estar sensibilizadas, por forma a garantir a fraternidade e igualdade de direitos entre todos os povos do globo, mas também ter como preocupação mundial a preservação do planeta para que as futuras gerações possam conhecê-lo, pelo menos em parte como o temos hoje.
O homem tristemente delapidou os recursos naturais, que generosamente o planeta oferecia para a sua subsistência em virtude da ganância e do poder desenfreado pelo consumo.
Solucionar os problemas requer muita audácia e paciência.
Reestruturar o comércio seria uma oportunidade para os povos subdesenvolvidos terem maior participação no mercado e de lhes garantir melhor condição de vida.
Aplicabilidade dos princípios dos direitos humanos, seria uma realidade e para isso é inevitável a participação dos meios de comunicação em massa, o apoio dos governos e a recetividade para mudar.
                                                            
                                                                                                         

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