terça-feira, 10 de julho de 2012

Sete vidas

Foi de facto um filme com elevada carga emocional, que cativa até a
pessoa mais insensível.
Este filme ajudou-me a refletir no quanto devemos ser conscientes e responsáveis, em rigorosamente tudo o que fazemos.
De todos os nossos atos advêm consequências, que podem ser positivas, ou negativas, e que quase sempre envolvem direta ou indiretamente pessoas que merecem ser tratadas com respeito enquanto seres vivos.
É um drama que aflora sensações inexplicáveis acerca do ser humano, do que somos e do que podemos ser.
É difícil avaliar o que levaria de fato Ben a suicidar-se da forma mais cruel e em paralelo ajudar sete pessoas.
Foi um ato profundamente altruísta, da forma como se desencadeou acho que só acontece em ficção.
Hoje, vivemos num mundo em que se privilegia o individual, como forma de afirmação e realização, lamentavelmente convergindo para o egocentrismo e  dado o modo exacerbado de vida que temos, nem para nos questionar temos tempo.
O ator após o acidente, vive a todo o momento com sofrimentos de várias ordens, de pessoas em situação igual ou pior do que a sua.
Apesar de toda a avalancha, ele não busca ajuda para sair daquela situação, afunda-se cada vez mais, e é assim que muitas pessoas vivem a sua vida, mergulhadas nos seus problemas, sem vislumbrar resquícios de luz e acabam sendo destruídas, não tendo forças para ultrapassar a situação menos boa, entregando-se muito facilmente de corpo e alma.
Na vida o caminho faz-se caminhando logo, para caminhar é preciso desbravar…
Sete vidas mostra-nos sete interpretações diferentes de como viver e todas elas têm em comum o fato de terem chegado a um momento decisivo das suas vidas, em que precisam desesperadamente de ajuda para sobreviver. Achei encantador a forma como Emily assume a sua doença e de como se aproxima de Ben.
A sua simplicidade e naturalidade faz com que Ben pela primeira vez veja o mundo com outra visão e de que é possível ser feliz.
Acho que acreditou na capacidade de amar ao próximo dentro de cada ser humano, tanto que preteriu do seu coração para que Emily vivesse.


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